domingo, 27 de fevereiro de 2011

A Colheita

A Colheita – Lc 3.1-14
Até hoje eu fico a meditar por que quando colhemos o milho temos que quebrar o pé? Também quanto a bananeira, dá um cacho e depois tem que ser cortado, ou fica aquela árvore ali parada sem dar mais cachos? Que coisa, não é? Em um dos sermões deste mês vimos que duas qualidades de árvores existem: boas ou más. Na história da salvação desde os primórdios (Gn 3.15ss), há uma luta entre as duas sementes, Caim e Sete representam estas sementes a preterida e a redentiva. Isto nos remete a entender que a árvore má que produz frutos maus é por que não glorifica a Deus com sua vida, antes vive segundo o curso do rio deste mundo. Porém, a árvore boa, que produz bons frutos, é aqueles que ao ouvir o chamado da seiva do Evangelho responde firmemente sem vacilar apesar de suas mazelas, fica pronto a ser cuidado pelo Senhor da Seara para dar frutos que permanecem para toda eternidade.
Lucas em seu evangelho nos relata sobre o ministério de João Batista, primo de Jesus, que era também o anunciante final da vinda do Filho do Homem, da instalação do Reino de Deus e também da conclusão. Mais uma vez preciso explicar: Ao anunciar o Cordeiro de Deus, João nem imaginava quão grande anúncio ele estava fazendo. Cristo ao deixar sua glória e encarnar, torna-se a nossa semelhança, inaugurou o Reino de Deus, pois o homem se perdeu em seus caminhos (Ec 7.29). Mas juntamente com a inauguração do Reino de Deus com sua vinda, morte e ressurreição, Ele também inaugura os Últimos Dias, ou seja, sua segunda vinda a cada dia é mais próxima. João achava que aqueles dias junto com Jesus era o tempo do fim, veja o diz no verso 7 e compare com Mt 11.2,3, mas ele não errou em anunciar o juízo que vem sobre todos quer judeus ou gentios, que povo do Antigo Testamento como todos nós, nos é anunciado a salvação unicamente em Cristo Jesus, pois não há outro nome no Céu ou na terra que importa para que sejamos salvos dos nossos pecados (At 4.12). Não fique em cima do muro, hoje pode ser o dia da Colheita, o machado está sobre a sua raiz, sobre sua vida, todos prestaremos conta diante de Cristo quer quanto a salvação ou quanto a condenação.
O texto nos mostra, então atitudes que o povo tomou diante do anúncio de João Batista. E estas atitudes devem ser nossas reflexões e ações diante da verdade da Palavra de Deus:
1- Como povo o que estamos fazendo? V. 10 – “O que havemos, pois, de fazer?” As multidões se inquietaram diante da verdade exposta, e o encontro com esta verdade os levou a olharem para si mesmos. Tem o ditado popular: “A voz do povo é...” do diabo. Mas se povo que clama pelo Senhor, se humilhar e orar, e o buscar de todo coração e se converter de seus maus caminhos será transformado pela presença de Cristo neles, pois é Ele quem perdoa nossos pecados e nos faz nação santa de Deus (2Cr 7.14 – 1Pe 2.9)
2- Como cobradores o que estamos fazendo? V. 12 – “Mestre, que havemos de fazer? Todos nossos somos cobradores. Quer ver? Pais cobram dos filhos obediência, e outras coisas mais, mas não dão atenção e afeto. Filhos cobram dos pais muitas coisas, mas não lhe dão honra. Patrões cobram dos empregados melhor empenho, mas não lhes respeitam como iguais. Empregados exigem melhores salários, mas não honram o local de serviço e nem os seus chefes. E outras coisas poderíamos falar. Em Gl 6.6-10 é uma advertência de como vivemos nossa vida. Muitos acham que eles não influenciam em nada no que dizem, veem ou agem, mas tudo que fazemos é como semente lançada no chão vai nascer, e vai ser colhido, ou aqui ou na eternidade.
3- Como protetores o que estamos fazendo? V.14 – “E nós, que faremos?” A você e a mim, foi-nos dada a Semente que é a Palavra de Deus, como está escrito em 2Co 9.10. Em Hb 8.8-12 somos instruídos que a verdade de Deus foi gravada em nossos corações pelo próprio Senhor, pois Ele se revela a nós não precisando de nenhum intermediário, pois Deus Pai agiu para nossa salvação, Deus Filho morreu e ressuscitou para nos salvar e Deus Espírito Santo aplicou e nos guia até o dia final. Se Ele, a Trindade, agiu desde o princípio até o fim para nossa salvação. Se Ele nos dá a Semente, e por isso somos guardadores, protetores da divina semente, por que não vivemos como verdadeiros filhos da Luz, refletindo, dando frutos dignos de arrependimento como João Batista nos argüiu em Lc 3.8.
Amados o Machado está sobre a Raiz. O que você vai fazer agora? Como você vai viver a vida que Deus lhe deu? Como você vai responder diante da ação salvadora que por graça foi lhe doada?

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